terça-feira, 2 de abril de 2013

MEUS FANTASMAS



"Escolho por fechar os olhos, pois a visão dos fantasmas que me 
perseguem é dura demais para encarar. Entretanto na escuridão 
a visão deles se torna ainda mais forte, mais cruel. Me vejo diante 
das dores, dos amores, dos rumores, dos valores perdidos e vontades
 achadas. Os caminhos para a fuga se tornam tempestuosos em meio 
a escuridão e algo parecido com a minha propria voz sussurra ao pé de 
meu ouvido 'Como esquecer o passado, sem esquecer quem sou no 
presente?'

AI SE CÊ SOUBESSE

"Queria eu que vossa mercê percebesse que recriminar o "uai", o "báh" ou o "véi" 
seria o mesmo que renegar a própria história de sua lingua.
Gostaria que vossemecê entendesse que seja por mãe, minha mãe ou mainha, o 

que importa é chama-la.
Você deveria já ter entendido que o "visse" não é de outro mundo, nem o "bóra",

nem o "né".
Ai se "cê" soubesse que o "tchê" e o "ôxente" são primos, fisicamente distântes você 

pode achar, mas ainda assim descendentes da mesma lingua mãe.
Suplico que entenda que "bão" mesmo é justamente essa diversidade.
As semelhanças dos parentescos são tão visíveis.
Basta querer escutar."